Em seu discurso inaugural, o Presidente da Ucrânia ressaltou a importância de preservar a soberania e a integridade territorial do país, incluindo a Crimeia, e deu sinais importantes dos principais passos na política interna e externa.
O Presidente delineou sua proposta para o plano de paz com o fim de resolver a situação na região de Donbas. O plano prevê o desarmamento de todos os que tomaram as armas ilegalmente; a isenção de responsabilidade criminal daqueles que não cometeram crimes graves; a garantia de um corredor para a retirada de mercenários russos; o diálogo de paz inclusivo; as eleições locais antecipadas na região de Donbas e um pacote de reformas econômicas.
O Chefe de Estado ressaltou o compromisso com a preservação da forma governamental parlamentar-presidencial, confirmou a estrutura unitária da Ucrânia e apoiou a realização das eleições parlamentares antecipadas.
O Presidente da Ucrânia salientou a necessidade de uma reforma constitucional e de descentralização do poder.
Sobre a questão do estatuto da língua russa o Chefe de Estado sublinhou que será guiado pelo Artigo 10 da Constituição da Ucrânia, que define a língua ucraniana como o idioma estatal único e garante o desenvolvimento livre da língua russa e outros idiomas.
O Presidente salientou a importância do reforço da segurança do país, definindo como prioridade o rearmamento das Forças Armadas à base do complexo militar-industrial nacional.
Petro Poroshenko enfatizou a continuação do curso à integração européia da Ucrânia e manifestou a disponibilidade para assinar o quanto antes a parte econômica do Acordo de Associação com a União Européia e a implementação de um regime de isenção de vistos. O Presidente da Ucrânia considera o Acordo de Associação como um primeiro passo para a adesão plena à União Européia.
O Presidente apoiou a normalização das relações com a Rússia, ressaltando a impossibilidade de um compromisso sobre as questões da Criméia, a escolha européia e o regime governamental. Todos os outros problemas devem ser solucionados pelas negociações.
O Chefe de Estado declarou a necessidade de assinatura de um Tratado internacional para substituir o Memorando de Budapeste do ano 1994, que deverá conceder as garantias diretas e confiáveis de paz e segurança da Ucrânia.
A posse contou com a presença de 60 delegações oficiais estrangeiras, incluindo 23 chefes de Estado e governo, de parlamentos e de dirigentes de organizações internacionais. A delegação russa foi representada pelo Embaixador da Rússia na Ucrânia.