Nestes dias a Ucrânia vive os momentos mais dramáticos na sua história moderna. Após os 23 anos da vida pacífica e coexistência amistosa com todos os países vizinhos, o nosso Estado jovem e independente enfrenta as ações hostis por parte do país que todo o povo ucraniano considerava irmão. Neste domingo, será realizada a eleição para presidente da Ucrânia, passo fundamental para o desenvolvimento da Ucrânia e também um passo importante para normalização e estabilização da situação no país.
A Ucrânia, reafirmando o seu compromisso com obrigações nos termos da Declaração de Genebra de 17 de abril, lançou um amplo diálogo de unidade nacional. Esta iniciativa é uma resposta do governo ucraniano ao desejo real dos cidadãos do país de construir juntamente, de forma pacífica, à base do consenso e respeito mútuo, um Estado unido, indivisível e soberano.
Um resultado prático foi a aprovação pelo Parlamento da Ucrânia, no dia 20 de maio de 2014, do Memorando de Entendimento e Paz. A favor do documento votaram 252 representantes da maioria parlamentar e da oposição. O memorando contém respostas para as questões mais urgentes na Ucrânia e reconfirma a intenção conter a escalada da tensão nas regiões do leste do país.
O parlamento mandou vários sinais muito claros aos cidadãos e à comunidade internacional. Em particular, cabe mencionar que a realização da eleição presidencial é um fator-chave para a garantia da paz e da unidade nacional. Também é necessário continuar a operação antiterrorista para garantir a segurança dos cidadãos, de que todos os reféns e prédios públicos serão liberados pelas unidades ilegais de paramilitares, que têm de desarmar-se.
O parlamento garante a reforma constitucional, que será baseada na descentralização do poder público, no regime parlamentar-presidencial e nos princípios básicos do Estado de Direito.
A garantia do estatuto da língua russa e a aprovação da Lei da Ucrânia sobre os referendos locais reconfirmam o desejo das autoridades ucranianas de considerar os interesses de toda população e todas as regiões do país.
Enquanto a Ucrânia e outras partes envolvidas estão fazendo todo o possível para proteger a vida humana e interromper a escalada da violência, a Rússia continua a ser o único signatário da declaração que não fez nenhum passo nesse sentido, apoiando e coordenando os grupos terroristas no nosso território. Os terroristas que sequestram e torturam as pessoas, matam os soldados ucranianos usando a tática cínica e insidiosa, escondendo-se atrás das costas da população civil.
Ao mesmo tempo, o governo ucraniano reitera que durante a operação antiterrorista, cujo objetivo único é proteger a vida e a saúde dos cidadãos, nenhuma pessoa civil ficou ferida ou assassinada pelas forças da segurança pública. Porque para o nosso Estado a vida humana é o valor mais precioso.