Brasília, 27 de fevereiro de 2018
A VEJA
Aos Redatores-Chefes
Sr. Fábio Altman
Sr. Mauricio Lima
Sr. Policarpo Junior
Sra.Thaís Oyama
Excelentíssimos Senhores e Senhora,
Eu gostaria de chamar a Vossa atenção ao uso errôneo do termo “guerra civil na Ucrânia” no artigo “Ele serve até fake news”, publicado na edição 2571 de 28 de fevereiro de 2018.
A Resolução da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa de 12 de outubro de 2016 fala das consequências políticas de agressão russa contra a Ucrânia. Na Resolução da Assembleia Geral da ONU de 19 de dezembro de 2017 trata-se de violação de direitos humanos na República Autônoma da Crimeia e na cidade de Sebastópol (Ucrânia), temporariamente ocupados pela Rússia.
Segundo os últimos dados da própria ONU os quatro anos da agressão russa na Ucrânia custou para meu povo mais de 10 mil e 230 mortos, mais de 24 mil e 500 gravemente feridos, 1 milhão e 800 mil refugiados.
Acredito que a comunidade ucraniana que reside no Brasil que por sinal é a maior da América Latina, apoiará meu pedido de chamar nos vossos futuros artigos a Rússia, que viola deliberadamente a Carta da ONU, Ata final da Conferência sobre a Segurança e a Cooperação na Europa de 1975, Memorando de Budapeste sobre Garantias de Segurança de 1994, e nos últimos três anos não cumpriu nenhum ítem de Acordos de Minsk, como pais agressor, que excita a guerra contra Ucrânia.
Atenciosamente,
/assinado/
Rostyslav Tronenko
Embaixador da Ucrânia no Brasil