O Presidente russo comunicou esta segunda-feira ao presidente da Comissão Europeia que vai enviar um contingente humanitário para ajudar a população do leste da Ucrânia.
Putin, em conversa telefónica com Durão Barroso garantiu que a missão será realizada em cooperação com a Cruz Vermelha.
Mas o ainda presidente da Comissão recusou qualquer intervenção russa em território ucraniano. Em comunicado, Durão Barroso afirmou que “rejeita qualquer intervenção, seja qual for o motivo”. Além disso, mostrou-se preocupado “face ao destacamento de tropas russas para a fronteira com a Ucrânia”, havendo por isso riscos de uma “intervenção unilateral” de Moscovo.
Tal como Bruxelas, também a NATO teme uma intervenção russa na região. O secretário geral da organização Anders Rasmussen diz mesmo que “existe uma elevada probabilidade de que isso aconteça. Com o pretexto de ajudar as populações do leste da Ucrânia, a Rússia está a reforçar os meios militares na região que podem ser depois usados numa operação militar ilegal na Ucrânia”.
As autoridades ucranianas confirmam as suspeitas da NATO e garantem que Moscovo está a enviar mais militares para fronteira com a Ucrânia. O porta-voz do exército de Kiev, Andriy Lysenko afirmou que “cerca de 45 mil elementos, reforçados por tanques e sistemas anti-mísseis reforçaram a fronteira entre os dois países”.
As forças ucranianas dizem ainda que se está a entrar na fase final da operação para recuperar o controlo da região de Donetsk.
Em reação a esta alerta, o líder dos separatistas, Alexandr Zakharchenko, deixou claro que os militares da autoproclamada Republica Popular de Donetsk estão prontos para responder ao ataque”.
Entretanto, e por causa da grave crise, o presidente ucraniano Petro Poroshenko falou ao telefone com o presidente norte-americano Barack Obama e chegaram a acordo para a organização de uma operação de ajuda às populações do leste do país.
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